Fórum de Implantes: Pesquisa e inovação tecnológica em cirurgia reconstrutiva

Mauricio Rabetti, Gestão Empresarial em Sistemas de Qualidade, Marketing e relacionamento com mercado Qualis Vita-Ortonegócios Tecnologia, segurança e recall: qual o impacto desses três fatores na saúde? Esse é um dos questionamentos que Mauricio Rabetti, diretor da Qualis Vita-Ortonegócios, propôs para abrir na HOSPITALAR, o 1º Fórum de Implantes e OPME. O programa teve como objetivo discutir o biomaterial (na indústria de implantes e hospitalar) e a biotecnologia (utilizações atuais e tendências).

De acordo com Rabetti, o uso da matéria-prima e a correta aplicação da tecnologia nos processos de fabricação impactam diretamente no produto acabado e, consequentemente, na segurança do paciente. “O recall de implantes vem aumentando consideravelmente. Em 2010, ocorreram casos mundiais de recolhimentos, sendo o mais recente o dos implantes mamários franceses, divulgada amplamente na imprensa”, explicou.

A ocasião também marcou o lançamento oficial do novo portal da QualisVita, que a partir de agora terá conteúdo segmentado por especialidades, abrangendo temas como odontologia, cardiologia, ortopedia e, principalmente, qualidade de vida.

Tomaz Puga Leiva, Engenheiro-chefe do Laboratório de Biomecânica, Instituto de Ortopedia e Traumatologia HCFMUSPO primeiro palestrante do encontro, Tomaz Puga Leiva, engenheiro-chefe do Laboratório de Biomecânica IOT HCFMUSP, apresentou um completo panorama da saúde no Brasil – demandas, serviços e perspectivas. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), do DATASUS e do HCFMUSP revelam um cenário positivo, tão cheio de desafios quanto de oportunidades. “Próteses ortopédicas, substituições de articulações, reconstruções traumáticas e dentárias no Brasil serão implantadas cada vez mais em função do aumento dos índices de longevidade”.

Leiva também destacou a necessidade de um sistema transparente de ponta a ponta e a adoção de melhores hábitos pela população. Segundo o último relatório da OMS, apresentado em 2005, alimentação, sedentarismo e tabagismo são responsáveis por 60% das doenças crônicas.

Rodada de debates: Ivan Epiphanio, Carlos Alberto P. Goulart, João Carlos Lage, Nelson Colombini, Ric Snyder e Tomaz LeivasLeiva atenta que quando se trata de saúde o rigor dos testes de qualidade e segurança para os pacientes é altíssimo – o que impacta no tempo de retorno dos investimentos na área. “Atender mais gente e melhor demanda médicos, estrutura, tecnologia e, portanto, recursos. Há diversos estudos de especialistas que demonstram que o investimento seria compensado pela economia advinda dos frutos do atendimento preventivo. Por exemplo: ao invés de um cidadão procurar um hospital quando já se encontra doente, o que demanda um tratamento caro, ele receberia cuidados permanentes e prévios. Cirurgias também seriam realizadas nos estágios iniciais das patologias”, explica.

Após a apresentação houve debates entre representantes da indústria; distribuidores; médicos; auditores; enfermeiros; profissionais do setor de saúde, gestores de qualidade, players de clínicas e hospitais, além de estudantes. A conclusão é que este é o momento de todos os agentes do setor unir inteligências. Em um país tão vasto e repleto de contrastes equalizar novas soluções para cenários tão diferentes é tarefa hercúlea. E a HOSPITALAR é uma grande oportunidade para isso.

31 de maio de 2012